LaPalisse
segunda-feira, dezembro 19, 2005
 
Adivinha quem voltou! Oh- oh- oh- oh...
E... adivinhem quem voltou! Oh-oh-oh-oh...
Are yo ready to rock n' roll?
Are you ready to rock n'roll?
Are yo?
Can't listen to you...
(Todos comigo)
Are yo?
U-hu!

quinta-feira, julho 08, 2004
 
Yuuuuuuuuuupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !

Cá estou eu de novo, amiguinhos de Portugal. Sentiram a minha falta? Eu também, people. Morte à Grécia! Eles viram-se gregos mas lá conseguiram. Deixem lá que nós somos muito melhores na economia, até mandamos vir bandeiras da China e tudo, Yesssssssssss!

Pois é... Desde 31 de Julho que escrevo no meu blog. E já tenho uns 10 posts. Só não consegui mais porque a minha família tem passado um período muito contu... constru... contrebado, consperturbado, acho que se diz assim.
A propósito de período e de tempo lembrei-me da escola que acabou antes de... antedeontem... isso... Vocês passaram todos? Fixe, eu também passei a tudo, mas na ginástica só tive um 2 porque no futebol só sei dar caneladas nos rapazes, nunca acerto na bola porque era preciso que a passassem e ninguém ma passa, pá... E também tenho medo do trampolim e da mesa alemã... Eu sou mais intelectó... intualectial, não... intelectuactual e sou uma barra a ver coisas ao microscópio! Adivinhem! É isso, passei para o 6ºooooooooooooooooooooooooo!

Yessss indide! Hoooooooooooooooo!!!

Eu depois conto +, ok?

Durmam muito. Hoje eu comi um cruássá ao lanche e leite com muesli e um iogurte de frutos silvestres. O jantar é que foi fixe, foi bifes com batatas fritas e maionese. Yamo! (Quer dizer Iam Iam em americano, boa?)

Xau! Bom princípio de férias. Curtam bué a ver o carro fantástico e os Simpsons!

Beijinhos ao 5º B todinho (ao setôr de matemática não...)



sábado, maio 01, 2004
 
Volteiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii de vez, amiguinhos!

Voltei voltei, voltei de lá-á. Inda agora estava em França e agora já estou cáa!


Já tinha taaaaaaaaaaaantas saudades! Omeus amiguinhos da escola já conhecem o meu blog. Olá, pessoal do 5º B!!! Como o 5º B não há igual. O 5º B é o melhor que há!
Eu vou contar aqui todas as nossas aventuras, pessoal!

Aqui em casa e entre os amigos já vimos que nos copiaram o template e algumas ideias, mas os melhores serão sempre os mais bons! Epá! É só ver ali as datas que eu já cá ando desde 31 de Julho e nunca mas nunca (crosse my fingers) altereio as datas, ok?

Até um destes dias, people!
Hoje, ainda não fiz os deveres e os meus pais exigem-me muito, mas eu depois venho cá outra vez, boa?

Bye there (Chauzinho aí) !

Durmam bem e comam muitas fibras. Hoje o meu lanche foi leite com chocolate e paupérrimos (só 2 que têm muito açúcar, disse o meu pai, mas ele depois comeu uma embalagem inteira... Depois que que queixe que é diabélico... diaból... diabétbólico... dia... merda! Vou perguntar ao tio Zé e à Nani)

Chuss! Auf wie der Zéne!!! (ensinou-me o Inácio que chegou da Alemanha, ih ih)



terça-feira, outubro 07, 2003
 
Yupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !!!

E quem não salta, não tem um blogue!!! E quem não salta, não tem um blogueeeee!!! Blo - gue, blo - gue, blo-gue!!!

Voltei! Tiveram saudades?
Eu tive muitas saudades vossas, estava a ver que o tribunal nunca mais despenhorza... não... despenhava... não... (esperem aí, vou ali perguntar ao tio Zé e à Nani) despenhorava, é isso! que o tribunal nunca mais despenhorava o restaurante do meu pai e o meu computador e os telemóveis e a internet.. e tudo! Vivaaaaaaaaaaaaa! Viva o tribunal!

Parece que a viagem que nós fizemos à França foi um bocadinho cara e depois, como nós até só fomos para o casamento da minha prima Armelle com o Patrick e ficámos um mesinho, o banco zangou-se com o meu pai e aqueles senhores de gravata vieram sobre a nossa casa e penhoraram tudo, até a minha mochila nova. « Oh, que porra!... » - disse eu - « Agora que eu era 100% feliz, eles decidiram destruir o meu sonho! Como é que agora eu vou poder ser jornalista, autora de músicas, apresentadora de televisão, actriz, super-modelo e trabalhar num laboratório? Sim, como é que se consegue sem a internet? E o que é que o banco tem a ver com a vida dos outros?...». Eu gritava que aquilo me enervava muito e que não podia viver sem o meu blog, principalmente desde que o Juca me tinha abandonado pela parva da Bianca e dizia que qualquer um pode fazer as férias que quiser e onde quiser e levar a família toda, principalmente se vai emigrar p'ra França dali a um mês e se há na família quem tenha tratado dos passaportes e dos bilhetes e que levavamos os amigos que nós quiséssemos e tudo! Os senhores do banco olharam para mim, olharam um para o outro e deram aos ombros e continuaram a fazer contas na calculadora. A minha mãe disse que eu tinha muita imaginação e perguntou se não se podia penhorar também os filhos, principalmente se eles forem uma miúda pequena, pré-adolescente e cheia de manias chamada Alice... Eu fiquei muito ofendida, mas depois, pensei que se mandassem para essa tal "Penhora", isso podia ser um passaporte para a minha vida artística e perguntei aos senhores se em "Penhora" havia agentes e "manaigers" e disse que me levassem também com a mobília. A senhora do banco disse que ia apresentar queixa dos meus pais por abusos psicológicos ou lá o que é isso. A minha mãe abraçou-me logo e disse que estava a brincar, vai daí, eu perguntei se o abraço queria dizer que eu já podia jantar logo à noite e dormir em cima da cama e poder tomar banho outra vez e disse-lhe que não me apertasse, senão as nódoas negras iam doer mais... A senhora do banco ficou muito amarela, arregalou os olhos e quando a minha mãe se levantou para lhe explicar, a senhora gritou, saltou para trás e deu-lhe uma pézada no peito como fez o Marco do Big Brother I e disse, enquanto dava saltinhos pela casa que sabia muito de FuleContácte. Eu perguntei ao tio Zé se "fule" não era tolo em inglês ( a minha setôra ainda não nos ensinou essa palavra, mas eu vi nos filmes do Vandáme) e depois como "Contácte" quer dizer "com tacto", então é um contacto com tolos, e fiquei com um bocado de medo da senhora. Vai daí, o tio Zé disse que aquilo era uma arte "marciana" e perguntou à senhora onde tinha aprendido, a Nani disse-lhe que não assedizificasse a senhora que tinha idade para ser avó dele, o meu avô perguntou logo se a senhora tinha mais de 55 anos começou a enroscar as pontas do bigode, o Black e o Decker, os nossos cães começaram a rosnar, o meu irmão saltava e dizia « Ó paie, também quero aprender a lutar com tacto! Deixa-me fazer a matrícula, eu subo as notas e nunca mais ponho piónéses na cadeira da presidente da escola! Deixa-me lá... ». No meio daquela confusão toda, apareceu o homem do talho com aquela faca enorme e o avental cheio de sangue e perguntou ao meu pai: « - Então, pá, onde é que estão os pombos de gravata para a matança? ». Os senhores do banco, ao ouvir aquilo, gritaram e saíram lançados pela porta das traseiras do nosso quintal, o meu pai a dizer que era um pequeno mal entendido, o avô a sorrir para a senhora que se encontrava em posição de ataque, um pé mais à frente, como o Bruce Lee no poster do quarto do tio Zé, a gritar como um gato, as mãos prontas a partir cinco tijolos « Ááiiii- á! », a saia de preguinhas até desfez as vincas e o penteado dela estava todo do avesso, a tia Nani a dizer ao tio Zé que não lhe admitia cenas de ciúmes, ele só dizia que ela estava a confundir tudo, a minha mãe dizia-me que ia ajustar contas comigo mais logo, o homem do talho com o palito entre os dois dentes da frente, ria-se e dizia que nem sabia que havia lá uma festa, senão tinha vindo mais cedo e tirado o avental e eu, muito cansada, saí para a garagem e fui dar uma volta de bicicleta. Os adultos são muito complicados...
O que vale é que amanhã posso ir para a escola e esquecer que a minha família é disfarcional... não... disfru... não... tenho de perguntar ao tio Zé como se diz lá na universidade dele que uma família não funciona lá muito bem... Agora vou ali fazer os tpc's de oito disciplinas a ver se me esqueço e não fico traumaestigmatizada.

Até qualquer dia, blogosfera, que eu não sei se vou ter computador tão cedo, agora que a polícia passou lá em casa e levou toda a gente presa, até o avô... O tio Zé que arranja desculpas fixes disse que estava com um esgotamento de estudar muito e a Nani disse que tinha de lhe administracizar a medicamentação ou lá o que é isso. Bem, agora vou trabalhar e preencher ali uns papeizinhos para concorrer aos Ídolos, que agora sem televisão, tenho que ver como é aquilo assim mesmo em pessoa. Vai ser fixe, aquele juri é bué curtido! Vou ver as roupas da Nani quando ela adormecer e escolher uma tuáléte colossal! Vai ser o meu lançamento mundial!

... O que será o almoço amanhã?...

Estudem e façam os tpcs todos e durmam sempre oito horas e comam cereais e iogurtes com muesli que é bom para a nossa geração desencantada, como canta aquela menina que imita a Mylène Farmer e diz "Gé-né-ratio-o-on Dé-sen-chan-tée-eee".
Será que os senhores vão empenhorizar o meu leitor de cds portátil? Nãããããoooooooooooo, nem pensem! Vou enterrá-lo no quintal e só oiço música à noite, quando os senhores do banco estiverem a dormir...

Chau, amigos! Obrigada por escreverem meiles tão fixes e gostarem de mim tanto, tanto que até gostam mais de mim que a minha família e os meus cães. Eu também gosto muito de vocês! Por isso é que ninguém me chama Alice na escola, dizem logo « - Shhht, pá, calem-se que vem ali a Lapa!... Que raio de cola! Que lapa! Fôsga-se...».

Mas a vingança é um grande prato de onde se come ao frio e a justiça falta mas não tarda e o meu braço é mais longo que o dela. Eles todos vão ver quando eu for famosa, ai vão, vão! Hei-de passar na minha limuzine e molhá-los com as poças de água, como se faz aos nossos arquinimigos fidagaizes! Ai hei-de, hei-de, ou eu não me chame Lapa, Alice Lapa!



quinta-feira, setembro 04, 2003
 
Salut, globolândia! Perceberam que eu não estava?

Sabem onde estive? Na França! Voltei de lá! Já cheguei da França! Hurra!

Agora posso voltar a contar aos meus amigos do mundo inteiro como foram as minhas férias lá! Fui ver concertos de grandes artistas portugueses, como o daquela senhora que parece uma girafa e diz assim: "Do vale à montanha, da montanha ao monte, cavaleiro monge, caminhais libertos, do vale à montanha da montanha ao monte..." e que faz uns gestos muitos largos que até parece que se afoga no vestido, depois, foi a vez do Clemente "no teu cabelo, o mar balança" e a Micaela "quando eu queria que dissesse' shim, me deste um não que até me deu medo". Eu pedi autógrafos e até tirei fotos com os melhores artistas deste país! E eles adoram os emigrantes! Até disseram que nós é que lhes damos o pão todos os dias. Eu não me lembro lá muito bem disso do pão, mas senti-me bem com aquelas frases...

Mas querem saber como foi? Eu conto estes dias! Hoje não que tenho sono e há muitas coisas novas para contar. Mas tudo começou porque a minha prima Armelle decidiu ter um bebé e os pais foram obrigados a aceitar. A Armelle só tem dezasseis anos, mas é muito forte! Então, decidimos todos ir ao casamento dela com o Patrick e aproveitámos para conhecer Paris. Foi bué fiche! Esperem que depois eu conto, ok?
Vou dormir. A minha mãe anda muito romântica com o meu pai, chama-lhe "mon chéri" e "bonbom" e até me disse que eu amanhã podia estar muito tempo aqui a navegar! Iupi! O meu avô gosta muito de música brasileira e cantou logo "návégá é priciso, mórrê não é priciso" e começou a dançar com o meu cão Black, mas como o Decker é nervoso e ciumento, rosnou e rasgou-lhe a bainha das calças... A minha família é só cromos! Ils sont fous de la tête! Vêem, até já sei falar como os franceses!

Chau amigos! Faire dodo! Dormez bien!
Até ao meu regresso! Não desistam que eu estou por perto e não desisto de vocês, ok? Bisous.
Vou aproveitar que a minha mãe está bem disposta para comer mais uns chocolates ali do frigorífico, antes que o meu irmão mais novo estrague os meus planos... O tio Zé e a Nani, a namorada dele, subiram à Torre Eiffel e eu disse adeus cá de baixo em francês. Que giro, não acham?



quarta-feira, agosto 06, 2003
 
Olá amigos da blogosfera toda! Voltei! Tiveram saudades minhas?


Este frase saiu assim porque hoje fui à praia no carro do tio Zéca e da tia Graça e ele fez as duas viagens, a da ida e a da volta da praia a ouvir aquela música “Voltei, voltei, voltei de lá / Inda agora estava em França e agora já estou cá!”, muito alto, com os vidros todos abertos. O que vale é que eu desfiz o rabo de cavalo e o meu cabelo voava em todas as direcções para ninguém me reconhecer, mas depois, tive uma dor de cabeça enorme... Nem sei se a música é do José Malhoa ou daquele senhor que já faleceu, o Dino Meira. Mas que fiquei farta, fiquei! E depois, fiquei muito baralhada, porque a Nani que é a namorada do meu tio Zé, anda no12º ano e é de Artes, disse uma vez que o José Malhoa foi um grande pintor, que até pintava bem o povo e tudo e eu não percebo como é que agora ele anda por aí pelo país a cantar. Realmente, os cantores portugueses devem ganhar melhor que os pintores, pois é, esforçam-se mais, é isso! Transpiram, têm que vestir aquelas roupas apertadas, levam com bocas dos que pagam bilhete só para os insultar ou então, recebem elogios, como aquele “Ágata, quero ter um filho teu!” e no fim dos concertos, apanham muitos beijos e as pessoas gostam tanto deles que os lambuzam todos e tiram-lhes a maquilhagem e tudo. Eu nem quero pensar se um dia o tio Zéca apanha o José Malhoa, se bem que ele diz sempre: « - Eh, pá, que luxo! E a filha inda é melhor qu’ó pai! Eu sou o fã número um deles, ambos os dois!... Até gostava de conhecer a mãe! Convidava-os para ficarem lá na nossa casa da França, quando dessem um concerto p’rós nossos patrícios que andam lá fora a lutar pela vida, hein? Que achas, Graça? » A minha tia nunca lhe responde porque vai sempre a fazer crochet para oferecer uns paninhos à patroa lá de França. Eu nem sei como é que a tal senhora tem espaço para tantos paninhos, até fico confusa!! Como os franceses trabalham muito e têm sempre carreiras importantes, a minha tia farta-se de lhes limpar as casas. E o pior é que eles são dos povos da Europa que gastam menos sabonete e pasta de dentes e depois, sujam tudo no mesmo dia outra vez! A minha tia até já diz que está velha antes do tempo, de fazer a ménage! Eu ia tentando distrair-me mas a música estava sempre a tocar e eu já tinha vontade de lhes pedir para pararem e eu ir fazer chichi, depois corria para o carro dos meus pais e pedia para ir no meio dos cães que depois tomava banho no mar, mas os meus tios só diziam que estávamos a chegar...Eu bem pedi à minha mãe para vir com ela nesta viagem e não ter de ouvir o “Voltei, voltei”, mas ela e o meu pai já traziam o Black e o Decker atrás... O B. e o D. São os nossos cães. Eu conto a história dos nossos cães: há um tio-avô do meu pai que se chama tio António e que é muito rico porque a mulher era uma grande contrabandista e parece que ele tem um negócio em que vende um pó qualquer, e o filho mais velho até parece que trabalha muito porque anda no pó, como dizem cá em casa. Eu imagino-o sempre lá no meio dos operários a ajudar, cheio de pó. Será pó de cimento? Lá em casa, nunca explicam tudo, é triste não se conhecer a família, pois é. E depois, o filho mais novo dos meus tios é criador duns cães que têm um nome que lembra “dobrar” e “homem” em inglês, mas agora não sei como se diz. O tal primo do meu pai disse uma vez que estes cães até dobram um tipo e fazem uma sanduíche de carne e que esse tipo nunca mais voltaria a tentar assaltar na vida. Depois, riu-se muito e eu fiquei confusa. Quando eu aprender inglês na escola, eles vão ver! Vou perceber tudo o que dizem, pois vou! E depois, o tal primo explicou que como uma cadela fugiu e andou na rua, nasceram uns cãezinhos rafeiros. O primo do meu pai deu-nos os cães e como era o aniversário do meu pai e a minha mãe lhe deu uma bléquendéca (esperem aí que eu vou ali à garagem ver como se escreve em inglês, ok?...) Ah, já cheguei: é uma Black&Decker! Pois, é isso! Como eram dois cães e ninguém decidia os nomes certos e o meu irmão de cinco anos só dizia « - Ó pai, deixa-me brincar co’ a bléquendéca! », o meu pai ouviu aquilo e disse: « - É isso: estes meus filhos são uns génios! Os cães vão ser o Bléc e o Déquer! ». O primo do meu pai, que tem os olhos assim um bocado descaídos a lembrar o Garfield, o meu gato preferido do mundo inteiro!, ficou muito admirado, deu aos ombros e disse que estava bem, nós é que sabíamos e afinal, ele nunca saía connosco, não ia passar vergonhas, pronto, ficou assim. Eu é que tive de aturar o meu irmão a saltar e a dizer « – Fui eu que escolhi os nomes! Fui eu que escolhi os nomes! ». Às vezes, apetece-me fazer como o Diego do filme « Ice Age », o meu preferido de todos os tempos!, quando dá um piparote ao ratinho almiscrado da bolota e o atira para longe, assim como quem não quer nada... Aquele meu irmão é cá uma dose! Eu bem lhe digo que ele é uma das minhas pedras no sapato e que quando for famosa hei-de contar ao mundo como ele me tratava. Ele é de resposta pronta e diz sempre que antes quer ser uma pedra no chulé do meu sapato que nos meus rins, porque assim até pode saltar fora e depois diz « - Iachhhh, que nojo! ». Aposto que ainda nestas férias vamos andar à bulha e esse heróizinho de meia-tigela que parece um meia-leca vai parar à escola com um olho negro! Mas depois faço como os artistas: a Nani diz que « é preciso sublimar para criar » e que o facto de eu ter um blog já é uma prova de que eu sou um ser humano de eleição! Tomaláquejálmoçaste, maninho! A Nani é que me compreende! Digo-lhe sempre « - De todas as namoradas que já teve o tio Zé, tu és a mais fixe! ». Ela sorri e depois vai sempre falar com o meu tio para namorarem mais um bocadinho. Eles adoram-se, é isso! É giro, porque ela dá-lhe cotoveladinhas de amor e torce-lhe as orelhas e pisa-lhe os pés, que eu vejo tudo, e ele grita: « - Eh, pá, larga-me! És uma ciumenta! ». Os adultos é que são giros a namorar! Lá na minha escola, se alguém se aproxima dos rapazes, eles agarram logo as miúdas como se fosse um naufrágio e fingem que estão no Titanic, não são nada exigentes como os adultos, pois não, não!

Tenho andado a pensar em dizer quais são os melhores blogs do nosso país, mas depois acho que tenho que ler sempre os novos que aparecem e perco-me com tanta informação... Mas ainda hei-de fazer o meu topeténe, hei-de, hei-de!

Pronto, amigos, já disse muitas coisas novas sobre o meu mundo, “o mundo de Alice no país das maravilhas”! Agora vou lanchar um iogurte líquido e pão integral, que eu quero manter a linha para quando chegar a modelo internacional. Ah, é verdade! Ontem, a minha mãe comprou daquele chocolate de pôr no pão. Vou ver se ainda há, antes que o meu irmão o esconda para comer durante a noite!

Chau amigos! Usem protector solar e bebam muita água, ok? É preciso cuidar da pele!
E à noite, nos calcanhares, joelhos e cotovelos, muito creme Nivea da latinha azul, ok? E não liguem se os lençóis se colarem! É sinal que hidrataram a pele! Durmam bem!
Se eu puder, amanhã apareço por aqui, ok? Gosto muito de vocês todos! Chuáque!

terça-feira, agosto 05, 2003
 
Olá, colegas da blogosfera!

Hoje viemos mais cedo da praia e muito antes da hora do almoço por causa do buraco do ozono! Ele é muito perigoso! Como somos todos branquinhos de pele, temos de fugir do sol, senão apanhamos cancro de pele, ah pois é! (O cancro de pele “apanha-se”? Será que ele anda assim no ar e depois nos cai em cima como uma nuvem de pó? E depois, será que apanha vários ao mesmo tempo ou só atinge os mais despidos? Não percebi isso do “apanhar” naquelas frases de um senhor que é jornalista e que o outro senhor que é político gabou: “Ainda há homens assim!” Assim como? Jornalistas? Que sabem que vão morrer? Que gostam da liberdade? (Eu sei essas coisas todas, só não sou é jornalista, pois é, sou pequena...)

Já toda a família tomou banho e está pronta para outra tarde de conversa nas traseiras da casa. Eu esperei que o meu tio Zé afixasse os posts no blog dele e lesse os dos outros todos que ele costuma ler. Ele fartou-se de dar murros na mesa, coitado do tio Zé... Diz que isto é nojento e « retrata bem o país idiota que temos » , que não importa se fazemos coisas boas, o que importa é termos amigos que nos apresentem à sociedade. « Parece o baile de debutantes da Casa da Áustria! », dizia ele. Eu quis perguntar o que era isso, mas ele estava tão bera que nem me deixou tentar... Ele foi dizendo o que achava da blogolândia e eu, sem ele saber, vou falar disso aqui para ver se os outros adultos desta esfera reparam mais nas figuras de urso ártico que fazem às vezes... Então eu vou explicar a razão das dores de estômago do tio Zé nestas férias grandes. Acho que não perdi nada do que ele disse, porque escrevi só as palavras-chave, como nos jogos de palavras com os meus primos e depois, fiquei muito atenta, a tentar perceber de que falava ele entre os murros na mesa.
Primeiramente: o tio Zé é um rapaz muito orgulhoso e decidiu há muito tempo apagar o contador de visitas do blog e a namorada dele, a Nani, fez igual. Depois, um mocinho que lia os posts da Nani e se derretia por ela, estava-se logo a ver, decidiu fazer o mesmo: copiar a coragem dos outros. Vai daí, o tio Zé confirmou: teve a certeza de que os poemas que o outro escrevia eram para a Nani, até porque ele escreve e põe os smileys a piscar o olho e segue tudo o que ela escreve, usa os mesmos temas e depois finge que escreveu aquilo há dois ou três anos... Depois, aparece com umas coisas muito futuristas, cheias de fúria, “como se a palavra poesia fosse invenção dele” (isto é o que grita o tio Zé sempre que dá um murro na mesa). Então agora, umas senhorecas muito vaidosas que escrevem uns posts noutro blog decidiram gabar o mocinho por ele ter sido um herói e ainda por cima, dizem que o tal escreve bem (!), quando o tio Zé diz que “ele dá graves erros de ortografia, de sintaxe e até de semântica” (esta última, ainda não aprendi na escola o que quer dizer, mas não faz mal que o tio Zé tinha 19 a Língua Portuguesa e eu sei que ele sabe muito disso!)! Ora então, o tio Zé disse à Nani : « - Vês, Nani, tu pensas que este meio é de gente inteligente e bem intencionada, que até lê umas coisas, que dá o devido valor a quem o tem, mas enganas-te e dou-te exemplos: só gabam quem lhes escreve mails a gabar o que eles próprios fazem, sempre que alguém discorda um milímetro (foi essa a palavra, milímetro) do que dizem e se tinham linkado (eu gosto desta palavra nova, é bué gira!) o teu blog, retiram-no logo, ficam ressabiados, democracia e liberdade de expressão, uma ova! (disse ele, já mesmo muito enervado e a Nani ia dizendo: « - Tem calma Zé, relativiza isso... »), e depois (continuava ele), ignoram ostensabiamente...? ostensóriom... (esta tive de ir ver no dicionário, mas depois, perdi-me...) o que quer que escrevas mesmo que valha diamantes: não és “amigalhaço”, claro! A cartilha é de outra cor, pensam eles! ». A Nani dizia que sim e ia fazendo festinhas no braço do tio Zé, enquanto eu suava para escrever debaixo da mesa quase tudo o que ele dizia para depois não me esquecer de dizer aqui, que quem faz mal ao meu tio Zé, faz-me mal a mim!
(Agora vou reler o que escrevi, porque estou perdida nos argumentos do tio Zé... Eu já continuo, ok, amigos?... Ah, pois, era isso...)
Segundamente, há uns muito conhecidos lá em Lisboa (o tio Zé diz que é o centro do universo: « O deles, que pensam que têm qualidade de vida mas morrem mais cedo e são muito mais infelizes que o resto do país. Depois, pronto, podem sempre dizer que trabalham muito, que eles é que sabem, que criaram a cultura, que os outros não leram, não conhecem, não querem saber, não dão valor, etc, etc, etc. » O tio já viveu lá em Lisboa e diz que aquilo é uma desgraça total... Quando há fogo, até dizem «- Deixa arder, não é cá!» ) e os tais conhecidos dizem umas coisas muito difíceis, muito estranhas, como se tivessem inventado agora mesmo a tal pólvora e todos os outros, muito tolinhos, concordam com tudo, tudo, tudo. Falam de livros assim muito esquisitos, que não interessam para nada e que os outros lêem sem perceber nada mas depois falam daquilo e que anda meio mundo a enganar outro meio... E ficam todos muito ofendidos se se pensa diferente, como se o mundo deles se esvaziasse, assim como a bola de praia da Céline quando bateu naqueles picos dos cardos da duna e se foi esvaziando até ficar murchinha e já não se poder jogar mais vólei na praia. Isso deve ser chato, principalmente se a bola forem os orgulhos dos tais senhores muito importantes, porque depois, « perdem a face » (isto aprendi quando fui daquela vez à Assembleia da República: era tudo a ler, a rir e a receber telefonemas e o Chico-Zé até viu dois deputados a dormir e disse muito alto: «Olhe, stôra, aqueles tão p’ráli a pesar figos, que cansados! Isto é que é gostar do país!... » A stôra tapou-lhe logo a boca, mas alguns ouviram e olharam para trás e o polícia que lá estava fez shhh, mas riu-se até ficar roxo, que eu vi, o palerma, e só dizia ao colega quando saímos :« O rai’ do miúdo, hã?...»).

No fundo no fundo, o que eu percebi é que todos dizem muitas coisas mas o país não avança nadinha... Hoje, a avó Manuela até esteve duas horas na fila da Caixa Geral de Depósitos para abrir uma conta e depositar o dinheiro que trouxe da França e disse: « O Portugal é sempre a mesma merda, bah didon! Justamente, está como quand’ eu cá vivi, iliá vint’ anos, hein? ». Eu fiquei cheia de vergonha e a Céline fez-me uma careta. Decerto os franceses grandes também se riem muito do nosso país quando chegam cá. Lá em casa, dizem que só há mais cimento, muito dinheiro, mas mal “canalizado”. Eu achei esquisito que se canalize o dinheiro, mas depois percebi: é o multibanco, porque aquilo deve ser um canudo e depois quando pomos lá o cartão e o código, deita o dinheiro todo cá p’ra fora. Depois, as pessoas gastam muito nos saldos, nas viagens, nas noitadas, nos telemóveis e nas esplanadas e o frigorífico fica vazio lá em casa, pois é... Depois não há energia para trabalhar, vê-se quando são os feriados do novo ano, metem baixa antes das pontes e o país é tudo um bando de preguiçosos e lá em Bruxelas falam muito mal de nós... Parece que somos os piores e que até a Grécia vai à frente na corrida... Pudera, até foram eles que inventaram os Jogos Olímpicos e tudo!... E se não se é bom naquilo que se inventa, vai-se ser em quê? Mas voltando ao dinheiro, eu nem percebo para que vão as pessoas aos saldos se hoje anda toda a gente nua por aí... Parece o Brasil. Até as senhoras que vão ter bebés mostram o peito todo da raiz até à ponta, o umbigo, as pernas até lá acima, tudo. Agora, andam com as barrigas de fora, pois é. No outro dia, eu até perguntei a uma senhora grávida que estava a fumar e a beber cerveja na esplanada enquanto o filho de três anos sujava a montra do café com as mãos e o gelado se os raios de sol que entram pelo buraco do ozono não faziam mal ao bebé e se ele não tossia lá dentro com tanto fumo. Depois, a minha mãe arrastou-me dali e pediu desculpa à senhora e em casa ralhou-me muito... Disse que eu era importuna e que nunca, nunca me metesse « com góticas de unhas de porcelana com amigas tingidas de loira »! Eu é que não percebi nada! Os adultos são injustos! Afinal, para que vamos nós à escola? Não é para aprender a pensar?... E o tal espírito crítico que até dizem que é o desporto nacional número um?... Observar é normal. Eu tenho olhos, não tenho?...

Agora, tenho de me ir embora que até já estou cansada... A Nani corrige os meus erros que ela já anda no 12º ano! Ela prometeu não dizer nada ao tio Zé sobre o meu post. Decerto, ele ia embirrar comigo... A minha mãe está a chamar ali da cozinha para eu ir lanchar que já são quase cinco horas! Que bom! Eu adoro lanchar! Hoje, é leite com chocolate e pão com manteiga e compota de frutos silvestres que a tia Graça trouxe da França! Depois, vou ver os bonecos da televisão! As minhas férias grandes estão a ser mesmo boas, pessoal!
Até qualquer dia aqui na blogolândia! E não se esqueçam: protejam-se, usem protector solar sempre, ok? Ah! E se puderem, não ponham o meu país a arder, ok? Chau, amigos! E não façam como o tio Zé: divirtam-se e sejam espertos que a inteligência no nosso país traz muito sofrimento!

domingo, agosto 03, 2003
 
Olá, amigos!

Já tinha tantas saudades do meu blog!
Tenho ido à praia, que é aqui a 15 Kms. Ao princípio, eu disse que antes queria ficar aqui em casa a escrever no meu blog, mas a minha mãe disse que ou eu aproveitava agora o Verão, ou ia ter de ir à praia no Inverno... Como deve ser chato estar ao pé do mar com todo aquele vento e chuva e nem se pode apanhar sol por haver muitas nuvens, fui a correr vestir o meu fato de banho rosa-choque que está na moda e ajudei a arranjar o farnel! Hoje, saímos muito cedo e, quando chegámos à praia, parecia que ia chover e até ouvimos trovões e vimos relâmpagos sobre o mar. Isso é giro, mas é naqueles filmes de acção, quando a tempestade mostra logo que o bandido vai voltar a atacar a família boa... Digo sempre, emocionada: « - Cuidado, estúpidos, ele vai voltar! Vê-se logo, com aquelas faíscas todas!... ». O meu pai, que é mais calmo, diz sempre: « - Ó Alice, pá, tu não vês que aquilo é tudo feito?... ». Que deve ser feito, deve, mas... Tem de ser sempre igual? O tio Zé até concorda comigo e diz: « - Estes americanos são tão infantis, prinvisíveis, não... previsíveis... O cinema europeu é que é bom! Mas enfim, não é ódio, não... ópio para o povo, ensina a pensar, pois é... » é isso que ele diz, quando o bem vence sempre e aparece a bandeira dos americanos a flutuar sobre as casas no fim de um filme. É um bocado repetitivo, pois é... Mas eu gosto, quando os bons vencem! Às vezes o tio Zé é muito confuso. O avô diz que tudo está bem quando acaba bem, e isso é que é importante num filme. Há que castigar os maus!

Vou voltar a falar da praia. Então, eu disse à minha mãe que para ir à praia com manhãs de Verão que pareciam de Inverno, mais valia ter ficado a escrever o meu blog... Ela olhou para mim de olhos arregalados, estática e a espumar, o que quer dizer que a dose de paciência disponível para o dia já estava quase esgotada... Amuei, sentei-me num canto duma duna, de braços cruzados e de má cara, a ver se as duas tormentas passavam: a do mar e a da minha mãe, embora a minha mãe seja mais assustadora, porque as faíscas caem e depois vem bom tempo, mas a minha mãe, ainda tenho de viver com ela até aos 18 anos, quando eu for para a universidade e me tornar uma modelo internacional famosa que também é bailarina, escreve letras de músicas, tem um namorado cantor, apresenta programas, é actriz, ajuda os pobrezinhos e ainda quer escrever livros um dia... É por isso que escrevo: para me treinar! Eu um dia ainda hei-de ser famosa, ai hei-de, hei-de!

Hoje estou um bocadinho triste porque o meu país está a arder. Todos falam disso, vêem-se sempre as mesmas chamas na televisão, toda a gente corre muito quando o fogo já lambe as casas, mas é sempre tudo igual... Sempre igual. Nunca mudou nada. Nunca vi a tal notícia do julgamento dos tipos que pegaram fogo para agradar a senhores poderosos que lhes pagam bem. Cá em casa, quando os adultos falam, dizem que são os madeireiros. Se toda a gente sabe quem são, não os prende por quê? Ou é isso, ou há muitos piréticos, pirómaniéticos... Como é que diz o tio Zé? Piromaníacos, é isso! Como querem que eu vote, um dia? Não vale a pena... Está sempre tudo igual, nada muda... Os senhores que mandam no país devem andar muito distraídos, pois devem... Se fosse eu, era logo castigada, mas os adultos são estranhos, gostam de sofrer muito. Deve ser para poderem queixar-se à Comunidade Europeia e terem um subsídio novo, só pode ser isso... Digo eu, que sou pequena...
Lá em casa, todos dizem que faço muitas perguntas e só o avô é que me compreende. Ele defende-me e diz: « - Deixem a miúda. Quem pergunta, quer saber! ». Eu gosto muito do avô, embora ressone muito à noite e não me deixe dormir nada. De manhã, todos me chamam dorminhoca... Eu aguento, porque sei que valeu a pena ficar toda a noite a ler livros. De manhã, é só apagar a luz e ler com o dia. A minha mãe ainda não percebeu as contas grandes de electricidade... Se ela descobre, vou ser famosa aos dezoito anos e poder falar mal da mãe tirânica que tem ciúmes do meu sucesso e me estragou a infância, pois claro, porque já sabia que eu nasci para brilhar! Temos de ter uma infância terrível, para sermos famosos, ou então, ter amigos que nos apresentem à sociedade e digam: « - Senhor director, esta é a Alice, bonita, sensível, canta bem, é boa actriz, tem presença, tem perfil, escreve ainda melhor e, pode-se sempre arranjar-lhe uma infância infeliz. Veja lá o que é que se pode arranjar, sim? ». O tio Zé, que anda na universidade, diz que é assim que o país funciona: à força do «factor C». Parece que é uma vitamina inventada por um senhor Cunha, muito famoso no país. Mas eu acho que o tio Zé tem ciúmes de quem tem “amigos com nomes” como ele diz... Mas então nós não temos todos um nome? Esta é a parte da conversa em que me perco quando os adultos se alteram e discutem contra o país e começam a falar de corrupção... Então, eu vou ver bonecos e fazer a minha refeição favorita do dia: o lanche!!! Hoje, é pão com chocolate e leite com adoçante, que eu quero estar em forma quando for famosa aos 18 anos! Chau, amigos! Eu vou dando notícias, a não ser que a minha mãe me obrigue a ir à praia todos os dias... Nesse caso, só darei notícias no dia seguinte a esses, ok?
Agora, para mostrar que estou na moda: “... Continuação!” (não percebo o que significa, mas é o que se diz quando nos despedimos. Até os jornalistas da televisão já dizem!).





quinta-feira, julho 31, 2003
 
O tio Zé é que escolheu este nome para o meu blog. Diz que é de um senhor muito importante, que descobriu a pólvora. Ele depois explica-me melhor, daqui a 2 ou 3 anos.

Os jornais e as televisões dizem muito "blogo, logo existo" nestas férias grandes.

Querem dizer o quê? Que só quando chegam a casa e tiram aqueles fatos e sapatos apertados é que existem mesmo? E porque dizem "logo" duas vezes? É um reforço da ideia? E aquele b no princí­pio? É um código para os outros saberem naquela coisa... (Ah, é a "régie", eu ouvi num concurso!) que já podem pôr a cassette "no ar" com a reportagem? E se põem a K7 (agora, diz-se assim! A minha prima Cécile, que chega em Agosto diz que em França é assim: K7!) no ar, ela não irá cair? A mim, parece-me que sim. Podiam dizer: põe a K7 a tocar! Como nós, quando saímos de carro.

Eu gosto do meu blog. Foi o tio Zé que anda na Universidade quem fez a minha página. Aqui, posso pôr dúvidas sem enervar os outros. É giro. Assim já não dizem: "Oh, lá vem a Lapa!". Fui ver no dicionário a palavra lapa. Lá dizia que pode ser um buraco nos rochedos, uma batata, um calhau ou um bichinho que existe no mar dentro de uma concha que parece um chapéu de chinês. Qual dessas coisas será o meu nome? E se eu sou Lapa, é por causa do meu pai. A família dele é que são "os Lapas". Há uma terra chamada Lapónia. Logo, vou perguntar ao meu pai se ele nasceu lá... No outro dia, falou-se nisso e o tio Zé falou nuns Lapónios... não, Lapões, é isso. E depois, já estava a falar no Pai Natal (Os adultos mudam muito de assunto!)... Mas, como ainda estou nas férias grandes, é cedo para pensar no Natal... Cansei-me da conversa e, quando saía­ da cozinha, a minha mãe já estava a falar muito baixinho com o meu pai sobre Papas. Era um Papa Nicolau qualquer... Será que vamos deixar de ser católicos? A minha amiga Nataniela é Testemunha de Jeová, por isso, nunca vai de calças para a escola. Ela é que passa frio!... Nessa altura da conversa dos meus pais, perdi-me e fui ver os bonecos na televisão. Mas não acredito que o meu pai seja da Lapónia... O que lhe chamaram no outro dia quando fomos à cidade foi "campónio". Foi mesmo difícil estacionar o carro entre aquele canteiro e o contentor do lixo... Nem sei como é que só se amolgou um bocadinho o pára-choques... Quando saímos, vi que as roseiras estavam estragadas, caí­das no chão. Há gente horrí­vel! Ainda por cima, estavam cobertas de um pó preto horroroso... Já ninguém respeita a natureza...
Agora, vou lanchar. Hoje, é pão com marmelada e leite com café!... Até logo, amigos!

 
Gosto da verdade.
A chuva é molhada. Mas... o que lava a água suja? Ela pode lavar-se a si mesma?
Ou então, junta-se limpa para diluir o que anda suspenso... Então temos que: a quantidade de água limpa é proporcional à pouca quantidade de sujidade que a água que agora é limpa passou a ter... Em suspensão, claro. Depois, há o que já assentou no fundo. Mas, no fundo de quê? E se a água transborda?

E aquele peixe, a pescada... Já era antes de ser. Existe a pescada-pescada?
E antes de o ser já o era. Chamava-se como? Pescada-livre? E se não a tivessem pescado? Como era? Primeiro, não a poderíamos comer. Há quem coma peixe cru. E está certo. Mas ninguém come os vegetais na horta, quando ainda estão vivos. Comer peixe vivo? Às vezes, o meu pai, quando está à mesa e tenta cortar a carne e ela salta do prato, diz sempre: " - Eh, pá! Esta ainda 'tá viva! Anda cá! Onde é que tu vais?..."

Estou baralhada. O mundo é um lugar confuso...

Num jornal de 23 de Maio, um que em cima dizia DN:

« A actriz, nova estrela do cinema francês tem 23 anos mas um corpo de 18 (...) »

Mas... de 18 para 23 não vão só cinco?... Qual é a diferença?...

Lá na esplanada, o pessoal ri-se muito. Perguntam-me se quero um chá. Todos os dias... Que quererão dizer com aquilo?
O que foi?... Hã?... Tenho creme do bolo na cara?...




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