LaPalisse
quinta-feira, julho 31, 2003
 
O tio Zé é que escolheu este nome para o meu blog. Diz que é de um senhor muito importante, que descobriu a pólvora. Ele depois explica-me melhor, daqui a 2 ou 3 anos.

Os jornais e as televisões dizem muito "blogo, logo existo" nestas férias grandes.

Querem dizer o quê? Que só quando chegam a casa e tiram aqueles fatos e sapatos apertados é que existem mesmo? E porque dizem "logo" duas vezes? É um reforço da ideia? E aquele b no princí­pio? É um código para os outros saberem naquela coisa... (Ah, é a "régie", eu ouvi num concurso!) que já podem pôr a cassette "no ar" com a reportagem? E se põem a K7 (agora, diz-se assim! A minha prima Cécile, que chega em Agosto diz que em França é assim: K7!) no ar, ela não irá cair? A mim, parece-me que sim. Podiam dizer: põe a K7 a tocar! Como nós, quando saímos de carro.

Eu gosto do meu blog. Foi o tio Zé que anda na Universidade quem fez a minha página. Aqui, posso pôr dúvidas sem enervar os outros. É giro. Assim já não dizem: "Oh, lá vem a Lapa!". Fui ver no dicionário a palavra lapa. Lá dizia que pode ser um buraco nos rochedos, uma batata, um calhau ou um bichinho que existe no mar dentro de uma concha que parece um chapéu de chinês. Qual dessas coisas será o meu nome? E se eu sou Lapa, é por causa do meu pai. A família dele é que são "os Lapas". Há uma terra chamada Lapónia. Logo, vou perguntar ao meu pai se ele nasceu lá... No outro dia, falou-se nisso e o tio Zé falou nuns Lapónios... não, Lapões, é isso. E depois, já estava a falar no Pai Natal (Os adultos mudam muito de assunto!)... Mas, como ainda estou nas férias grandes, é cedo para pensar no Natal... Cansei-me da conversa e, quando saía­ da cozinha, a minha mãe já estava a falar muito baixinho com o meu pai sobre Papas. Era um Papa Nicolau qualquer... Será que vamos deixar de ser católicos? A minha amiga Nataniela é Testemunha de Jeová, por isso, nunca vai de calças para a escola. Ela é que passa frio!... Nessa altura da conversa dos meus pais, perdi-me e fui ver os bonecos na televisão. Mas não acredito que o meu pai seja da Lapónia... O que lhe chamaram no outro dia quando fomos à cidade foi "campónio". Foi mesmo difícil estacionar o carro entre aquele canteiro e o contentor do lixo... Nem sei como é que só se amolgou um bocadinho o pára-choques... Quando saímos, vi que as roseiras estavam estragadas, caí­das no chão. Há gente horrí­vel! Ainda por cima, estavam cobertas de um pó preto horroroso... Já ninguém respeita a natureza...
Agora, vou lanchar. Hoje, é pão com marmelada e leite com café!... Até logo, amigos!

 
Gosto da verdade.
A chuva é molhada. Mas... o que lava a água suja? Ela pode lavar-se a si mesma?
Ou então, junta-se limpa para diluir o que anda suspenso... Então temos que: a quantidade de água limpa é proporcional à pouca quantidade de sujidade que a água que agora é limpa passou a ter... Em suspensão, claro. Depois, há o que já assentou no fundo. Mas, no fundo de quê? E se a água transborda?

E aquele peixe, a pescada... Já era antes de ser. Existe a pescada-pescada?
E antes de o ser já o era. Chamava-se como? Pescada-livre? E se não a tivessem pescado? Como era? Primeiro, não a poderíamos comer. Há quem coma peixe cru. E está certo. Mas ninguém come os vegetais na horta, quando ainda estão vivos. Comer peixe vivo? Às vezes, o meu pai, quando está à mesa e tenta cortar a carne e ela salta do prato, diz sempre: " - Eh, pá! Esta ainda 'tá viva! Anda cá! Onde é que tu vais?..."

Estou baralhada. O mundo é um lugar confuso...

Num jornal de 23 de Maio, um que em cima dizia DN:

« A actriz, nova estrela do cinema francês tem 23 anos mas um corpo de 18 (...) »

Mas... de 18 para 23 não vão só cinco?... Qual é a diferença?...

Lá na esplanada, o pessoal ri-se muito. Perguntam-me se quero um chá. Todos os dias... Que quererão dizer com aquilo?
O que foi?... Hã?... Tenho creme do bolo na cara?...




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